Abel e Caim: O Que Nos Move em Direção a Deus?
- Ana Flávia Barbosa
- 29 de dez. de 2018
- 2 min de leitura
Uma vez fora do paraíso, Adão e Eva geraram dois filhos homens: Caim e Abel. Caim se tornou lavrador da terra e Abel virou um pastor de ovelhas. (Gn4:2) Ambos os irmãos possuíam em si a herança do pecado de seus pais, no entanto, algo os diferenciava.

A primeira coisa que me chama à atenção na história desses irmãos é a demarcação do tempo: “3 Passado algum tempo, Caim trouxe do fruto da terra uma oferta ao Senhor. 4 Abel, por sua vez, trouxe as partes gordas das primeiras crias do seu rebanho.” (Gn4:3-4). Não nos é informado quanto tempo de fato se passou desde seu nascimento para que Caim e Abel levassem ofertas a Deus, mas fica claro que, mesmo nascendo fora do Éden, eles sentiam a necessidade de estabelecer um relacionamento com o Criador.
A postura de Caim ao ofertar a Deus representa a religião vazia e não uma busca verdadeira por um relacionamento com Deus. A história de Abel, por sua vez, nos revela a Graça de Deus manifesta. A verdade é que nenhuma das ofertas era boa o suficiente para agradar a Deus ao ponto de fazer com que eles fossem redimidos. Apenas Cristo e o Seu sangue derramado na Cruz têm poder para aplacar a ira de Deus contra o pecado.
Porém, o Criador é um Deus de misericórdia e Graça, que conhece o coração dos homens; e, ao olhar para Abel e sua oferta, Ele primeiro se agradou de Abel e depois de sua oferta. (Gn4:4) Isso ocorre, pois o coração de Abel era a de um verdadeiro adorador. Enquanto isso, Caim acreditou que poderia ter a aprovação de Deus sem demonstrar verdadeira adoração. O que agradou ao Senhor não foi aquilo que Abel havia ofertado em comparação com aquilo que Caim ofertara, mas sim a postura humilde assumida por Abel ao se apresentar diante de Deus. A graça do Senhor, então, se manifestou e o relacionamento de Abel com o Criador se estabeleceu.
Com a alma contaminada por inveja e acreditando que poderia exigir a aprovação de Deus através de seus feitos, Caim se revolta e, então, ocorre o primeiro assassinato da história da humanidade. Deus rejeita a atitude de Caim e o expulsa de Sua presença e, assim, a descendência de Caim passa a representar o caminho daquele que escolhe a árvore do conhecimento do bem e do mal no lugar da árvore da vida.
Aqui, a Palavra nos exorta para que tenhamos um coração humilde e um espírito adorador diante do Pai, pois Ele exalta o puro de coração e se revela aos que buscam a Sua face. Que O adoremos não por aquilo que Deus pode nos conceder, mas sim por aquilo que Ele É: nosso Pai, o Grande Eu Sou, o Criador e Todo Poderoso Deus, digno de toda a honra e de todo o louvor hoje e para sempre!
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