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#15 O Plano Perfeito

  • Ana Flávia Barbosa
  • 15 de abr. de 2018
  • 6 min de leitura

Eu ouvi esses dias que pessoas que se convertiam acabavam se afastando de pessoas não convertidas por conta de algum tipo de alienação ou lavagem cerebral e, honestamente, isso tudo é intriga da oposição. No caso, sendo a oposição coisa do 7 peles mesmo.


E eu queria vir aqui e dizer que isso simplesmente não é verdade.


Vamos lá...

As pessoas convertidas acabam se afastando das antigas companhias?

Sim, mas o motivo é mais simples do que parece.


Em primeiro lugar, cristãos não são melhores em nada que não cristãos. Nós apenas reconhecemos uma verdade que um não cristão não reconheceu (ainda ou não). Mas não somos melhores que ninguém. Aos olhos de Deus somos todos marcados pelo pecado, mas, ao aceitarmos o sangue de Cristo, somos concedidos o direito de nos chamarmos filhos de Deus junto de Jesus. No entanto, isso não muda o fato de sermos todos pecadores ainda assim. Ao reconhecermos a verdade de que Jesus é o Filho unigênito do Deus Pai, que Ele morreu por nós, levando consigo nossos pecados, e que ressuscitou no terceiro dia, vencendo a morte e nos concedendo vida eterna ao lado do Pai, sentimos um AMOR e uma GRATIDÃO tão intensos e puros pelo nosso SENHOR e pelo sacrifício que Ele fez por nós, que naturalmente nos vemos querendo honrar esse sacrifício. Obviamente não conseguimos, pois não há NADA que nós jamais pudéssemos fazer para merecer essa misericórdia, sendo apenas pela GRAÇA DE DEUS que recebemos essa salvação. Mas, ainda assim, o desejo de honrar a esse Deus misericordioso é tamanho que certas coisas deixam de nos convir e a transformação é clara.


E o que isso significa?

Significa que, naturalmente, vamos abandonando a vida antiga que levávamos para dar lugar às coisas novas que Deus nos dá.


Como assim, Ana Flávia? Bem... eu vos explicarei!


Ao conhecer Jesus, eu pude me enxergar verdadeiramente e, dessa forma, compreender o quanto eu precisava do que Ele fez por mim. A verdade é que nós não fomos criados para vivermos uma vida longe do Pai. Ele nos criou para estarmos em constante comunhão com Ele, habitando em Seu jardim de maravilhas e sendo amados por Ele. Quando o primeiro homem e a primeira mulher tomaram a decisão de romper a aliança que tinham com Deus, muita coisa foi perdida; eles e toda a sua descendência ficaram marcados pelo pecado e, como consequência, perderam o privilégio de habitar ao lado de Deus para sempre. A morte - a que muitos temem de um dia enfrentar - passou a ser a nossa maldição, pois Deus é a fonte da vida e, longe dele, só existe a morte.


Marcados pelo pecado e por essa quebra de aliança, a humanidade trilhou um caminho doloroso, caracterizado por muitos e muitos erros, que levaram à guerras, violência, tristeza, depressão, além de muitos outros tipos de dores físicas e emocionais. Todas essas coisas vieram como consequência do pecado e, aos poucos, foram nos distanciando ainda mais de Deus. Longe do Pai, não fomos capazes de enxergar o caminho de volta. Não havia nada que fosse suficiente para nos limpar das marcas do pecado.


Mas Deus tinha um plano!


Por nos amar tanto e por saber que sozinhos seríamos incapazes de reparar os danos causados, Deus se transformou em carne, como um de nós. Ele andou entre nós e, durante 3 anos, mostrou a todos, através de milagres, pregações, posturas assumidas e muito amor, qual era a verdadeira forma de viver e cumprir as Leis de Deus. Ao fim de tudo, Ele se entregou àqueles que o odiavam e sofreu em Seu corpo todo o castigo que estava reservado para nós pelos nossos pecados. Ele, o ÚNICO que é PERFEITO, morreu por todos nós, que somos completamente imperfeitos; e isso sem pedir nada em troca e, principalmente, sem que nós merecêssemos. Tudo pela GRAÇA de Deus, que é um favor não merecido por nós. A única coisa que Ele pediu de nós foi que nós crêssemos em Seu Filho Único e nos arrependêssemos de nossos pecados. Dessa forma, estaríamos salvos Junto a Cristo, pois o sangue que foi derramado na cruz do calvário é derramado sobre nós e, assim, quando Deus olha para nós Ele já não enxerga mais os nossos pecados, mas sim o sangue de Seu Filho tão amado. E qual pai amoroso humano não perdoaria um filho amado? Da mesma forma é Deus.


Agora imaginem só a dimensão desse amor de Deus por nós. Quem entregaria o seu único filho amado por alguém que simplesmente não merece? É dessa forma o amor e da misericórdia de Deus por nós. Ele é tão grande e maravilhoso, muito mais do que a nossa compreensão humana consegue sequer imaginar, que Ele entregou o que lhe era de mais precioso por criaturas que nem sequer deram valor à Ele. Isso é misericórdia, perdão, amor!


Ao compreendermos isso, é inevitável o nosso desejo por honrar esse sacrifício realizado por Jesus para nos salvar. Assim, toda a nossa vida é transformada pelo sangue de Cristo, que agora nos cobre e nos dá uma nova identidade: a de filhos de Deus. Deixamos para trás a quebra da aliança original com Deus para fazermos uma nova através de Cristo Jesus, e, com ela, deixamos para trás tudo aquilo que nos afasta de Deus; ou seja, o pecado.


Mas Ana, por que o pecado nos afasta de Deus?


Bom, Deus é um ser tão puro que Ele simplesmente não SUPORTA a presença do pecado. Onde há luz, as trevas simplesmente não habitam, e tudo que é tocado pelo pecado, quando vier o dia do Senhor, será destruído pela força de Sua glória. Se somos marcados pelo pecado, nosso destino é a destruição. Nós não podemos habitar na presença dele, mas Jesus pode! Jesus é perfeito, o Cordeiro imaculado, que não possui defeitos e não tem pecados. Quando somos revestidos por Seu sangue, somos lavados desses pecados e podemos ter uma nova chance. E, ao andarmos revestidos com esse sangue, naturalmente passamos a ter aversão ao pecado e todas as coisas que provém dele.


E onde entram as pessoas nisso tudo?




Bem, a verdade é que somos todos pecadores e sempre seremos até a consumação dos dias. Mesmo os cristãos que são revestidos com o sangue de Cristo! Continuaremos pecando diariamente, mas o nosso arrependimento diário e a nossa renovação de aliança através da oração e comunhão com Deus nos ajudam a sermos cada vez mais fortes para resistir às tentações. Dessa forma, com o tempo, passamos a não nos interessar mais por certos lugares, certas atividades e certos tipos de conversas. Jesus fala que aqueles que vivem no mundo e para o mundo falam e entendem de coisas do mundo, mas aqueles que vivem para Deus, falam e entendem de coisas celestiais. Repito o que eu disse antes, não somos melhores em nada do que os não convertidos, mas somos sim SEPARADOS. Já não falamos a mesma linguagem. Já não gostamos das mesmas coisas. Já não frequentamos os mesmos lugares. O que resta por aqueles que antes estavam em nossas vidas e agora não estão mais? Amor? Saudade? Nostalgia de algo que um dia foi e não é mais? Sim! Tudo isso. É normal. Mas amar nós continuamos amando uns aos outros, independentemente. Amamos as pessoas, mas não o pecado. O pecado é desprezível, mas as pessoas merecem ser amadas, respeitadas e perdoadas, assim como nós o fomos por Deus. Mas amar não significa ser conivente com aquilo que as pessoas pensam, praticam, etc, já que nós agora enxergamos uma nova verdade. Quanto à saudade e à nostalgia, falo logo que nem toda lembrança boa que temos remetem a tempos bons ou a coisas boas. Logo, nossos sentimentos de saudade podem ser enganosos. A verdade é que, no final do dia, pesamos na balança e nos perguntamos "quem eu amo mais: Deus ou o mundo e as pessoas que nele habitam?". Se a resposta para essa pergunta for Deus, sentir saudade não vai mudar em nada o compromisso que assumimos com Cristo quando o recebemos como Senhor e Salvador de nossas vidas.


Assim, o tempo passa, já não temos mais nada em comum e, por fim, nossas vidas nos levam para lugares diferentes que não se encontram mais. Afinal, podem duas pessoas que possuem destinos diferentes caminharem juntas? Não mesmo. Uma vai atrasar a outra ou uma vai acabar sacrificada pela outra, quando o certo é seguirem por seus caminhos diferentes.




Eu perdi muitas pessoas desde que me converti, mas não me arrependo em momento algum da escolha que fiz. Eu ainda amo todas as pessoas que saíram da minha vida, mas não desejo andar com elas pelo caminho que elas permaneceram seguindo. E, por enquanto, elas também não demonstraram interesse de vir pelo que eu escolhi seguir (ainda). Então, nos separamos. Isso não faz de mim bitolada, muito menos demonstra que sofri lavagem cerebral, mas sim que o lugar para onde eu estou indo tem uma porta muito estreita e eu só vou conseguir passar por ela se eu deixar o que me prendia ao mundo para trás.



Ou eu deixo essa bagagem do lado de fora ou eu não passo pela porta! É meio que isso! E, antes de não passar por essa porta, eu deixo tudo pra trás.


Eu peço a Deus que todos aqueles que lerem esse post aqui no blog compreendam que não há nada mais valioso do que ser separado por Deus, para Sua honra e glória. Eu oro que nossos corações se voltem ao Cristo em arrependimento e verdade, para que sejamos transformados pela presença do Espírito Santo de Deus em nossas vidas e possamos testemunhar quão grande é o nosso Deus, el Shaddai, aquele que nos abriu as portas da salvação através do sangue de Seu Filho! Aleluia! Louvado seja o Seu nome por toda a eternidade!

Que Deus os abençoe!

Shalom!



 
 
 

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